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“Fala-se muito em saúde mental, mas investe-se muito pouco”

Federação Iberoamericana de Associações e Colégios de Psicologia faz um conjunto de recomendações numa altura em que uma em cada oito pessoas vive com problemas de saúde mental no Mundo.

A Federação Iberoamericana de Associações e Colégios de Psicologia (FIAP) recomenda, neste Dia Mundial da Saúde Mental, que os países aloquem mais verbas para a saúde mental nos seus orçamentos. Atualmente vários governos pelo mundo apenas destinam apenas 2% dos seus orçamentos para a saúde mental.

“Os governos do espaço ibero-americano precisam de investir mais na saúde mental”, defende o Presidente da FIAP, Francisco Miranda Rodrigues. “Um olhar global para o que se investe na saúde mostra-nos que representam apenas 2% dos orçamentos dos países e 4,6% da investigação mundial e saúde. O que significa isto? Que se fala muito em saúde mental, mas se investe muito pouco”.

A FIAP lançou neste Dia Mundial da Saúde Mental um policy brief sobre o tema. Estima-se que, no mundo, 970 milhões de pessoas (uma em cada oito pessoas) vivem com problemas de saúde mental.

Entre as recomendações estão a integração dos cuidados de saúde mental nos cuidados de saúde primários para alcançar uma abordagem ao longo de todo o ciclo de vida e garantir intervenções mais precoces e custo-efetivas. Recomenda-se ainda um investimento em saúde mental nas organizações, mais literacia e uma aposta em telesaúde, reduzindo barreiras geográficas em áreas com carências de serviços ou recursos.

O documento refere ainda que 86% dos países têm planos e políticas dedicadas à saúde mental, mas só 51% os consideram ajustados e exequíveis e, destes, apenas 21% estão a implementá-lo. A FIAP recomenda, por isso, que sejam desenvolvidas parcerias, compromissos e ferramentas a nível global.